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Olá pessoal!
Em breve estaremos com o blog voltado para outro artista, um (a) poeta (poetisa). Aguardem!

Aroeira

A ditadura não é um único modo de governar. Existem várias outras maneiras bem melhores. Mas, na época, quem tinha fé esperou, pois lutando, sabiam que logo acabariam com aquela opressão.

Postado por: Taiane Oliveira - 9º ano F


Aroeira - Geraldo Vandré

Vim de longe vou mais longe
Quem tem fé vai me esperar
Escrevendo numa conta
Pra junto a gente cobrar
No dia que já vem vindo
Que esse mundo vai virar
Noite e dia vem de longe
Branco e preto a trabalhar
E o dono senhor de tudo
Sentado mandando dar
E a gente fazendo conta
Pro dia que vai chegar
Marinheiro, marinheiro
Quero ver você no mar
Eu também sou marinheiro
Eu também sei governar
Madeira de dar em doido
Vai descer até quebrar
É a volta do cipó de aroeira
No lombo de quem mandou dar

Postado por: Beatriz Ribeiro - 9º ano F

Vou caminhando

Vou Caminhando - Geraldo Vandré

Vou caminhando
Sorrindo,
cantando
Meu canto e meu riso
Não são pra enganar
Quem vem comigo
Bem sabe o que digo
Que há muito motivo
Pra gente chorar
Mas se lastimar
De nada vai valer
Já vi mãe chorar
Criança não crescer
Um menino que morreu
Um pai que em vão padeceu
Pela vida vou lembrando
Que lembrando espero eu
E vou caminhandoSorrindo, cantando
Até que um dia.

Postado por: Taiane Oliveira - 9º ano F

Disparada

Em “Disparada”, Vandré nos mostra alguns trechos que são uma afronta direta ao governo e às torturas a que alguns eram submetidos pelos militares, apesar do uso da linguagem poética. Fala também da consci­ência política, de um “despertar” para o que ocorre na sociedade e da censura sofrida.


Disparada – Geraldo Vandré

Prepare o seu coração
Prás coisas
Que eu vou contar
Eu venho lá do sertão (3x)
E posso não lhe agradar...
Aprendi a dizer não
Ver a morte sem chorar
E a morte, o destino, tudo
A morte e o destino, tudo
Estava fora do lugar
Eu vivo prá consertar...
Na boiada já fui boi
Mas um dia me montei
Não por um motivo meu
Ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse
Porém por necessidade
Do dono de uma boiada
Cujo vaqueiro morreu...
Boiadeiro muito tempo
Laço firme e braço forte
Muito gado, muita gente
Pela vida segurei
Seguia como num sonho
E boiadeiro era um rei...
Mas o mundo foi rodando
Nas patas do meu cavalo
E nos sonhos
Que fui sonhando
As visões se clareando (2x)
Até que um dia acordei...
Então não pude seguir
Valente em lugar tenente
E dono de gado e gente
Porque gado a gente marca
Tange, ferra, engorda e mata
Mas com gente é diferente...
Se você não concordar
Não posso me desculpar
Não canto prá enganar
Vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado
Vou cantar noutro lugar
Na boiada já fui boi
Boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém
Que junto comigo houvesse
Que quisesse ou que pudesse
Por qualquer coisa de seu (2x)
Querer ir mais longe
Do que eu...
Mas o mundo foi rodando
Nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei
Agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte
Num reino que não tem rei

Postado por: Ingrid Tavares - 9º ano F

Um pouco mais sobre Geraldo Vandré

Geraldo Vandré tornou-se o inimigo número um do regime militar. A sua canção “Caminhando (Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores)”, que ficou com o polêmico segundo lugar no Festival Internacional da Canção, em 1968, tornou-se um hino contra a ditadura militar, cantado por toda a juventude do Brasil de 1968. Esta canção, afirmam alguns analistas de história, foi uma das responsáveis pela promulgação do AI-5. Ficou proibida de ser cantada e executada em todo país. Só voltaria a ser ressuscitada em 1979, após a abertura política e a anistia, quando a cantora Simone a cantou em um show, no Canecão. Perseguido pelo regime, Geraldo Vandré esteve exilado de 1969 a 1973. Após o exílio, jamais conseguiu recuperar a carreira interrompida pela censura da ditadura militar. Calava-se uma expressiva carreira emprestada ao combate à ditadura.

Postado por: Camilla Guedes - 9º ano F

Ladainha

Geraldo Pedrosa de Araújo Dias, mais conhecido como Geraldo Vandré, um paraíbano genial, criador de grandes obras de arte eternas da música brasileira. Iniciou com o disco "Hora de Lutar", lançado em 1965, com participações de gênios como Chico Buarque, algumas de suas músicas mais conhecidas que de forma indireta fala que nós devemos lutar contra o que está errado, na época, ele lutou contra a ditadura militar. E uma dessas músicas foi a "Ladainha" que diz que o povo deve lutar contra o errado, o que lhe tira a liberdade de se expressar. Por isso foi exilado.


Ladainha - Geraldo Vandré

Valha-me, Nossa Senhora,
Mãe de Deus Nosso Senhor.
já fui homem, fui menino,
mas é sempre a mesma dor.
Fui sozinho, até agora
Nenhum bem, nenhum valor.
Perdoe, Nossa Senhora,
Não vivo mais nessa dor
Já juntei a minha gente,
gente boa pra plantar.
Gente de paz, mas valente,
Se tem luta, vai lutar.
Tenho fé em Jesus Cristo,
Deus de lá e Deus de cá,
Do dono da terra toda
E de quem vive pra plantar.
Perdoe, Nossa Senhora,
Pela terra vou brigar.
Não quero Jesus na guerra,
Depois volto prá rezar.
Essa briga é só da gente,
A gente é que vai ganhar.
Já fui homem, fui menino,
E hoje o que tiver de ser.

Postado por: Taiane Oliveira - 9º ano F

Pra não dizer que não falei das flores (vídeo)

Após a postagem de Raíssa com a letra da música "Pra não dizer que não falei das flores", segue abaixo o vídeo da mesma canção, para que se tenha uma melhor visão da música, como sua letra foi uma das fundamentais para denunciar a ditadura, que foi um longo período onde as pessoas não tinham liberdade de expressão.



Postado por: Ingrid Tavares
- 9° ano F

Pra não dizer que não falei das flores

Gente, adorei essa obra de Geraldo Vandré, por isso estou aqui postando pra vocês! Ela fala, indiretamente, sobre a pressão exercida pela ditadura e que todos eram reprimidos. Então, espero que gostem!


Pra não dizer que não falei das flores - Geraldo Vandré

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)
Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)
Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não...
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(4x)
(Geraldo Vandré)

E aí, gostaram?

Postado por: Raíssa Braz - 9° ano F